Mesa com dois computadores exibindo portfólios digitais, um mostrando design UX com wireframes e diagramas, outro mostrando design UI com telas coloridas e elementos visuais, ambiente moderno, luz natural suave

Ao longo da minha experiência com designer e internacionalização de carreiras, ouço com frequência perguntas sobre como se preparar para vagas em outros países. E uma das questões mais recorrentes envolve a diferença entre portfólio UX e UI: será que tem mesmo distinção? Como montar o portfólio ideal para oportunidades globais, onde a concorrência vem de todas as partes do mundo? Quero dividir aqui o que venho observando no Designer na Gringa e também nos meus atendimentos, mentorias e pesquisas práticas.

O que significa ter portfólio UX ou UI?

Antes de falar sobre cada tipo de portfólio, faço questão de pontuar a definição dos papéis. UX (User Experience) está mais ligado à experiência, usabilidade e pesquisa ao redor de produtos digitais. UI (User Interface) trata da aparência, das interfaces, do aspecto visual. Muitos profissionais já atuam nos dois campos, mas ainda assim, vagas globais costumam ser bastante específicas sobre suas expectativas quanto ao portfólio.

Recrutadores internacionais querem clareza sobre o seu papel em cada projeto apresentado.

Em lojas e plataformas estrangeiras, já percebi solicitações muito pontuais, pedindo “apenas cases de UI” ou exigindo “processos completos de UX”. Essa separação pode ser sutil no dia a dia, mas se torna central na seleção global.

Portfólio UX: O que mostrar?

No portfólio focado em UX, o que mais vejo pesar positivamente é o destaque para o processo, e não só para resultados finais. Eu costumo sugerir aos mentorados que incluam etapas como:

  • Pesquisa com usuários (quantitativa ou qualitativa)
  • Mapeamento de jornadas do usuário
  • Identificação de problemas reais do negócio
  • Testes de usabilidade
  • Wireframes e protótipos de baixa fidelidade
  • Iterações feitas com base em feedbacks

Em vagas globais, apresentar impacto e raciocínio por trás das decisões é mais valorizado do que mostrar telas bonitas quando falamos de UX. Explico sempre: a pessoa recrutadora procura indícios de pensamento crítico, habilidade de comunicar decisões e fluência no idioma.

Uma dica valiosa é narrar a evolução do projeto como uma história, apontando problemas, hipóteses, aprendizados e resultados. Isso já rendeu excelentes respostas em processos seletivos que acompanhei fora do Brasil.

Portfólio UI: Como se destacar?

Na montagem do portfólio UI, o visual se torna o foco. Porém, recomendar só mostrar telas bonitas seria superficial. O diferencial está em ilustrar:

  • Variedade de interfaces: web, mobile, apps, dashboards, etc.
  • Consistência de design system e componente visual
  • Raciocínio sobre cores, tipografias, acessibilidade
  • Integridade dos protótipos: de interações simples a microanimações
  • Modernidade dos layouts em relação a tendências globais
Protótipo de interface digital para aplicativo moderno em tela de notebook

Já vi muitos processos onde a decisão acontece ao analisar o capricho nos detalhes de uma tela ou o pensamento por trás da escolha de cor. Inclusive, quando compartilho resultados e dicas no meu conteúdo sobre internacionalização de carreira, destaco a importância de dominar padrões visuais universais, mas também de mostrar personalidade visual própria.

Principais diferenças entre portfólio UX e UI para vagas internacionais

Pela minha observação, as diferenças vão além do conteúdo em si. Justamente por tratar-se de vagas internacionais, os recrutadores olham para:

  • Linguagem clara. Portfólio todo em inglês ou no idioma exigido.
  • Organização do projeto: UX valoriza a linha do tempo, UI valoriza apresentação visual e resumo objetivos.
  • Papel individual: explicitar claramente onde você atuou.
  • Resultados: métricas e aprendizado em UX, detalhamento gráfico em UI.

Já atendi mentorados do Designer na Gringa que só conseguiram avançar em entrevistas depois de separar sessões distintas para UX e UI em seus portfólios. Isso evita dúvidas do contratante e permite até aplicar para diferentes vagas, seja como Product Designer, UX Designer, UI Designer, etc.

Como adaptar seu portfólio para processos seletivos no exterior?

Disso tudo o que tirei é: um portfólio direcionado para vagas globais precisa ir além do visual agradável. Precisa ser estruturado, fluente no idioma e alinhado às descrições dos cargos pretendidos.

Para vagas fora do país, o portfólio é muitas vezes seu primeiro contato real com a empresa.

Por isso, costumo recomendar os seguintes passos para quem me procura querendo internacionalizar a carreira, incluindo quem chega ao Designer na Gringa:

  1. Escolha bem os projetos: priorize qualidade e variedade, não apenas quantidade.
  2. Traduza e revise cada texto. Erros de inglês, por exemplo, podem pesar negativamente.
  3. Destaque o contexto do projeto e não só o resultado final.
  4. Dê créditos à equipe, mas seja claro sobre sua própria contribuição.
  5. Mostre que você entende o público-alvo global (inclusive citando resultados em diferentes mercados, se possível).

Além disso, usar referências e buscar atualizações sobre tendências pode ser útil, sempre que mostro conteúdos em carreira internacional de designer, saliento que é preciso acompanhar o que é tendência fora, mas também ter voz própria. Existem ótimos artigos sobre experiências pessoais que ajudam a mostrar como pequenas mudanças fizeram diferença em portfólios aprovados no exterior. Recomendo inclusive buscar artigos na busca interna do blog.

Painel de pesquisa e wireframes em tela de computador e caderno

Conteúdo extra: Links para referência e aprendizado

Com base em muitas conversas e histórias compartilhadas por designers internacionais, separei textos para quem quer ir mais fundo em exemplo de cases, estudos de layout e internacionalização:

Esses estudos mostram diferentes formatos de apresentação e vão te ajudar a encontrar seu próprio estilo.

Conclusão

Entendi que, para conquistar uma vaga global, é preciso personalizar o portfólio de acordo com o foco da vaga e do país. Um portfólio UX mostra processo, pesquisa e raciocínio. O de UI mostra domínio visual e repertório de soluções gráficas. Mas ambos precisam contar histórias, descrever desafios, soluções e resultados.

Se você está olhando para o mercado internacional e sente que chegou o momento de crescer profissionalmente, o Designer na Gringa está pronto para ajudar. Conheça nossas mentorias e conteúdos para transformar seu portfólio e garantir mais chances nas vagas globais.

Perguntas frequentes sobre portfólio UX e UI para vagas globais

O que é portfólio UX e UI?

Portfólio UX apresenta o processo de design centrado no usuário, mostrando pesquisa, testes e solução de problemas. Portfólio UI foca na apresentação visual, layouts, cores e componentes gráficos. Cada um tem objetivo próprio e atende competências diferentes dentro dos projetos digitais.

Qual a diferença entre portfólio UX e UI?

A diferença principal é o foco dos projetos apresentados: UX enfatiza métodos, processos e raciocínio, enquanto UI mostra habilidades visuais e soluções gráficas. Em vagas globais, essa separação fica ainda mais clara para evidenciar seu papel e competências.

Como montar um portfólio para vagas globais?

Monte o portfólio alinhando idioma ao exigido pela vaga, escolha projetos relevantes e variados, seja claro sobre seu papel e uso de métodos, e inclua resultados ou impactos alcançados. Se puder, adapte cada portfólio de acordo com o perfil da vaga: UX, UI ou híbrido.

Portfólio UI é suficiente para vagas internacionais?

Se a vaga for especificamente para UI Designer, um portfólio UI bem feito pode ser suficiente. Porém, muitos processos esperam pelo menos conhecimento básico de UX. O ideal é ter sessão para cada especialidade ou um caso mostrando integração das duas áreas, aumentando sua versatilidade.

Quais projetos incluir no portfólio UX/UI?

Inclua projetos variados: web, mobile, aplicativos, dashboard, landing pages e cases de redesign. Dê preferência a projetos onde você contribuiu de fato e possa mostrar desde o diagnóstico até o resultado final, incluindo aprendizados e métricas relevantes.

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Guilherme

Sobre o Autor

Guilherme

Guilherme é especialista apaixonado pelo universo do design e criador do Designer na Gringa, um blog dedicado a orientar e capacitar designers de todas as áreas que desejam construir uma carreira internacional. Com vasto interesse em ajudar profissionais a conquistar oportunidades no exterior, Guilherme traz conteúdos práticos, masterclasses e mentorias específicas para designers que sonham em ganhar em dólar ou euro, ampliando horizontes e possibilidades no mercado global.

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